Tassia Holsbach aposta no diferente em seu primeiro EP

B-Pop, algo como Brasil Pop, nos moldes do K-Pop coreano, tem origem na revelação da música brasileira, Tassia Holsbach, e “Cara lavada”, seu primeiro EP, é a melhor fonte de áudio desse novo gênero. 

O disco tem quatro músicas. Uma síntese do que Tassia passou desde que saiu de casa, em Mato Grosso do Sul. Uma viagem em flertes reggae, hip hop, balada romântica, jazz e blues distribuída em quatro canções: "Facilito", "O Que Eu Não Dei Para Ninguém", "Tão Bem" e "Desarrumar", como destaca a própria artista sobre a representatividade do disco com essa época: “Cara Lavada foi um respiro, em busca de simplicidade. E pra falar a verdade, deu certo, ando bem mais serena. E o álbum está saindo do mesmo jeitinho”. 

Dê um play e ouça o disco.
  
O ÍNICIO 
A artista quebrou a promessa feita a sua mãe, de parar com a música se fosse para São Paulo estudar Arquitetura, e começou a navegar pela MPB com algumas composições, mas suas pregas vocais lhe deram problemas. Nódulos, cistos, diagnósticos de cirurgia quase emergencial e terapias alternativas viraram rotina. Porém, quando comentou com seu atual produtor sobre a cirurgia, outra opção surgiu: não fazer a cirurgia e marcar uma sessão com a fonoterapeuta Janaina Pimenta, em Belo Horizonte. 

Veio então um intensivo de 10 dias, estendido por mais 45 até mudar, de fato, para a capital mineira e fazer esse acompanhamento por dois anos. “Foi bem difícil e maravilhoso ao mesmo tempo. Nunca tinha colocado tanta dedicação em algo”, conta Tassia, que complementa, “Hoje considero ela (Janaína) meu anjo da guarda”. 





AOS PALCOS 

Em Belo Horizonte ela voltou aos palcos seguindo recomendações de um grande produtor, Dudu Borges, que já trabalhou com Luan Santanna, Michel Teló, Fernando & Sorocaba e João Bosco & Vinicius. "Você precisa de bagagem de palco. Precisa tocar", disse ele. A cantora confessa que ficou decepcionada, porque ele estava querendo dizer que ela não estava pronta para gravar um álbum, mas aceitou, pois sabia que não tinha interação com o público. 

Com os cuidados de Janaína Pimenta, Tassia, sempre em busca da próxima oportunidade, foi atrás de apresentações e conseguiu parcerias com casas de shows e festivais. Com os contextos favoráveis, em evolução positiva, “Cara lavada” começou a dar sinais. “Eu tinha as faixas que gravei no Rio e a ajuda de uma amiga e produtora, Mariana Martins, pra levar o material adiante. Depois de um certo período, eu fiz uma lista citando, literalmente, tudo que eu tinha feito, com links e notas, e mandei pro Dudu. Aí ele me chamou pra conversar”, finaliza Tassia Holsbach.