A culpa não é da bebida

Mandou mensagem ou ligou para o ex falando que está com saudade, começou a dançar como e fosse o novo John Travolta e no dia seguinte não sabe onde enfiar a cara, deu em cima e quem não devia, virou melhor amigo do tiozinho do cachorro quente, ficou apático e louco por sexo durante a noite ou chorou de amores por todos os amigos que significam algo para você depois que ficou bêbado, o álcool não é desculpa.


Pesquisadores da Universidade do Missouri garantem que mesmo bêbado você só faz e fala o que sempre teve vontade de fazer, mas nunca fez por medo ou insegurança e que o álcool não tira sua habilidade de entender e saber direitinho o que está fazendo.

No teste feito 22 pessoas tomaram refrigerantes, 22 bebidas supostamente alcoólicas (eles não sabiam) e outras 23 vodca com tônica. Em seguida todos em frente a um computador tinham de pressionar o botão com a descrição correta de cada imagem que aparecia, oram mais de 300. Exemplo: com a foto de um revólver e duas opções de legenda: arma ou ferramenta?

Todos os participantes erraram algumas vezes – e confessaram que haviam errado – mas os bêbados diminuíam a velocidade das respostas tentando evitar mais desatenções isso porque o cérebro enviava esse sinal para redobrar a atenção após um erro. Todas as atividades cerebrais dos participantes foram acompanhadas por eletroencefalograma. “Nosso estudo mostra que o álcool não reduz nossa consciência sobre os erros – reduz apenas quanto nós nos importamos em cometer esses erros”, explica Bruce Bartholow, um dos autores da pesquisa. “A principal implicação disso é que as pessoas não deveriam usar a frase ‘ah, eu estava bêbado’ como uma boa desculpa para fazer qualquer que não deveria”, completa.