O Papa Bento XVI anunciou nesta segunda-feira que renuncia à liderança da Igreja Católica, a saída será dia 28 de fevereiro.
“Sinto o peso do cargo”, disse Bento XVI, citado pelo diário La Stampa. “Saio pelo bem da Igreja”, cita o Corriere della Sera.
“Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência perante Deus, cheguei à conclusão de que as minhas forças, devido a uma idade avançada, não são capazes de um adequado exercício do ministério de Pedro", disse o Papa, no discurso, citado pela Rádio Vaticano.
“Por esta razão”, continuou Bento XVI, “e bem consciente da seriedade deste ao, com toda a liberdade declaro que renuncio”. No dia 28 de fevereiro, às 20h, a Sé de Roma ficará vazia e um conclave para eleger o novo Sumo Pontífice será convocado pelos que para tal têm competência.
O último Papa a resignar foi Gregório XII (pontificado de 1406-1415), para acabar com o grande cisma do Ocidente, que tinha chegado ao ponto em que havia três pretendentes ao cargo.
Convoquei-vos hoje para este Consistório, não apenas por causa de três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter repetidamente feito um exame de consciência perante Deus, cheguei à conclusão de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são adequadas para o exercício do ministério de Pedro. Estou consciente de que este ministério, devido à natureza espiritual da sua essência, deve ser conduzido não apenas com palavras e ações, mas também com oração e sofrimento.
Contudo, no mundo atual, sujeito a mudanças tão rápidas, e agitado por questões de relevância tão profunda para a vida na fé, para governar a herança de São Pedro, e proclamar o Evangelho, tanto a força mental como a corporal são necessárias, forças que nos últimos meses se deterioraram a tal extensão de ter de reconhecer a minha incapacidade para adequadamente realizar o ministério que foi em mim confiado. Por essa razão, e bem consciente da gravidade deste ato, em plena liberdade declaro que renuncio ao ministério do Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, confiado a mim pelos Cardiais a 19 de abril de 2005, a partir de 28 de fevereiro, pelas 20 horas, na Sé de Roma, a Sé de São Pedro ficará vaga e o conclave para eleição de novo Sumo Pontífice terá de ser convocado por quem tem competência para tal.
Queridos irmãos, agradeço-vos sinceramente por todo o amor e trabalho que me dedicaram neste meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. E agora, vamos confiar a Santa Igreja ao cuidado do nosso Supremo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e implorar à santa Mãe Maria, que que possa assistir aos Pais Cardinais com a sua solicitude maternal, na eleição do novo Sumo Pontífice. No que a mim diz respeito, desejo devotamente servir a Santa Igreja de Deus no futuro de uma vida dedicada à oração.
Vaticano, 10 de fevereiro de 2013
Leia a declaração de resignação na íntegra
Queridos irmãos,Convoquei-vos hoje para este Consistório, não apenas por causa de três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter repetidamente feito um exame de consciência perante Deus, cheguei à conclusão de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são adequadas para o exercício do ministério de Pedro. Estou consciente de que este ministério, devido à natureza espiritual da sua essência, deve ser conduzido não apenas com palavras e ações, mas também com oração e sofrimento.
Contudo, no mundo atual, sujeito a mudanças tão rápidas, e agitado por questões de relevância tão profunda para a vida na fé, para governar a herança de São Pedro, e proclamar o Evangelho, tanto a força mental como a corporal são necessárias, forças que nos últimos meses se deterioraram a tal extensão de ter de reconhecer a minha incapacidade para adequadamente realizar o ministério que foi em mim confiado. Por essa razão, e bem consciente da gravidade deste ato, em plena liberdade declaro que renuncio ao ministério do Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, confiado a mim pelos Cardiais a 19 de abril de 2005, a partir de 28 de fevereiro, pelas 20 horas, na Sé de Roma, a Sé de São Pedro ficará vaga e o conclave para eleição de novo Sumo Pontífice terá de ser convocado por quem tem competência para tal.
Queridos irmãos, agradeço-vos sinceramente por todo o amor e trabalho que me dedicaram neste meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. E agora, vamos confiar a Santa Igreja ao cuidado do nosso Supremo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e implorar à santa Mãe Maria, que que possa assistir aos Pais Cardinais com a sua solicitude maternal, na eleição do novo Sumo Pontífice. No que a mim diz respeito, desejo devotamente servir a Santa Igreja de Deus no futuro de uma vida dedicada à oração.
Vaticano, 10 de fevereiro de 2013