Cão: o melhor amigo do homem

O caso da aposentada Nair Flores e de seu cãozinho Pimpoo, que desapareceu no aeroporto de Porto Alegre e foi achado 14 dias depois, chama atenção para o desespero dos donos que perdem seus animais de estimação, relata Bruna Borges no Portal Satc.

O cão é o melhor amigo do homem, da mulher, da criança. O melhor também pode ser o gato, o papagaio, a tartaruga. Para quem gosta dos animais, ser obrigado a se separar de seu bichinho de estimação é uma tortura.

Foi o caso de dona Nair Flores, com medo de deixar seu melhor amigo sozinho por uma semana e com o objetivo de mostrar o mar a ele, ela pagou R$ 684,00 para transportar Pimpoo do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, até Espírito Santo, onde passaria uma semana de férias na casa da filha. Mas o que a aposentada de 64 anos não imaginava era que, mais tarde, receberia a notícia de que Pimpoo havia sido perdido. “Eu fiquei em pânico, não queria acreditar”, conta dona Nair.

O caso foi parar na mídia nacional e ganhou a solidariedade dos usuários da rede de relacionamentos Twitter, chegando a ser um dos assuntos mais comentados no micro blog. “O povo brasileiro foi muito solidário. O Pimpoo foi notícia até no Japão, imagina o meu orgulho de mãe”, declara a aposentada.

No desespero de encontrar o seu cãozinho, Dona Nair chegou a quebrar um pé fazendo buscas em um matagal perto do aeroporto. “Naquela hora eu não queria saber de indenização, eu queria o meu Pimpoo. Eu ia procurar de qualquer jeito, até de pé quebrado”, lembra ela.

Depois de 14 dias de agonia, Pimpoo, - que tem esse nome por ser uma mistura das raças pinscher e poodle – foi encontrado por policiais da Brigada Militar, em Porto Alegre, no aeroporto Salgado Filho. “Agora que ele está aqui comigo tudo está ótimo e maravilhoso. Precisava ver a felicidade dele quando chegou à nossa casa”, exclama Dona Nair.

Mas nem todos têm a mesma sorte de Dona Nair. Maria Paula de Mattos, moradora da cidade de Criciúma/SC, procura por Sandy, sua poodle de seis anos, desde o dia 23 de dezembro de 2010*.

Sandy desapareceu depois que o portão da casa de Paula foi deixado aberto. “Eu fiz seis faixas com a foto e o nome dela, coloquei anúncio em portais na internet, televisão e rádios”, conta Paula que está oferecendo gratificação para quem der alguma pista sobre o paradeiro de Sandy. Ela revela que já foi atrás de algumas indicações, mas não obteve sucesso. “Tem gente que acha que é frescura, mas para mim é pior do que morte porque eu não sei como ela está, o que está acontecendo com ela”.

Para evitar que esse tipo de situação aconteça, o veterinário Carlos Moraes, que é também dono de uma pet shop, dá algumas dicas. A primeira lição é: sempre que for passear com o seu cão use coleira e guia. “Os cães assustam-se facilmente com barulhos ou correm atrás de algo que chama atenção. Por um segundo de descuido, você pode perder ele de vista”, explica o veterinário.

Crie uma relação de respeito. “Ensine boas maneiras ao animal de estimação e passe mais tempo com ele. É quase igual à educação de uma criança”, diz Moraes. Porém, mesmo tomando todos os cuidados, é importante que o dono esteja preparado para o pior. “Identifique o seu cão, coloque seu nome e contato na coleira dele. Dessa forma, se ele se perder, a pessoa que achá-lo vai saber o que fazer”, ensina o veterinário.

*Reportagem concluída às 10 horas do dia 25 de março de 2011.

Anjos dos animais

Há dois anos, um grupo de pessoas de Criciúma/SC apaixonadas por animais e cansadas de ver tantos bichinhos abandonados pelas ruas, criou a ONG SOS Vira-lata. O objetivo da ONG é dar um novo lar a animais de rua, através de feiras de adoção realizadas, em média, uma vez por mês.

De acordo com o presidente da ONG, Samir Veran, o número de animais abandonados é muito grande. “Na maioria das vezes, os donos abandonam porque o animal cresce e começa a dar trabalho. Por isso, quando alguém decide adotar, nós perguntamos se a pessoa tem certeza disso ou está fazendo só pelo momento”, declara Veran.

A SOS Vira-lata não possui sede própria, os animais ficam nas casas dos voluntários até serem adotados. Atualmente, são 15 voluntários efetivos realizando o trabalho. “Trata-se de um ser vivo, ele não vai conseguir pedir ajuda sozinho, por isso nós nos sensibilizamos por ele”, diz o presidente da ONG. Para manter as despesas, a ONG conta com doações. “Nós recebemos doações de ração, de medicamentos e de dinheiro. Estamos tentando adquirir um local para poder abrigar todos esses animais”, conta ele.

O presidente da ONG faz um apelo à população. “Pedimos que o pessoal tenha mais cuidado quando estiver dirigindo. Se avistar um cachorro diminua a velocidade. O número de atropelamentos é muito grande”, pede Samir. Em cada feria de adoções, a ONG consegue dar um lar, em média, para 30 animais. Para conhecer melhor o trabalho da ONG, acesse www.sosviralata.org.br.

Dados da conta da ONG SOS Vira-lata (para doações)

Banco do Brasil (nº. 001)
Agência - 3420-7
Conta Corrente - 100.392-5
CNPJ do Instituto: 11.825.120/0001-44