Por Roberto Medina: Rock In Rio - Um Festival para todas as tribos

Frejat, Rogério Flausino, Medina, Dinho e Jorge Israel

Quando se confirmou a possibilidade do Rock In Rio voltar para casa, graças
ao empenho e sensibilidade do Prefeito e do Governador, me veio à lembrança a frase com que o Alceu Valença abriu a sua primeira apresentação no Rock in Rio em 1985. Ele declamou os primeiros versos de Cambalhotas, para dizer:
“O meu verso dá pulo e cambalhotas, quando te vê, porque você é meu único e definitivo poema”.
O Rio é o único e definitivo poema deste projeto que não é de heavy metal, mas também de heavy metal; deste festival que não é um festival de música pop,mas também de música pop, de música local, de vanguarda.
O Rock In Rio acolhe a diversidade cultural e aproxima os diferentes e os semelhantes.
Atende às preferências dos vários públicos e oferece atrações que ultrapassam o palco a motivar jovens e famílias inteiras.

A cada edição, são incorporados novos avanços, mas o espírito original, aquele que o fez nascer, que pulsa na alma desta Cidade, permanece intocado, derrubando preconceitos, estimulando o convívio cordial entre os que se achavam contrários e fazendo da música um instrumento da paz.

Dos corações e mentes que aqui o conheceram, o Rock In Rio levou a contagiante alegria e a infindável esperança carioca mundo afora e passou por Lisboa e Madri, com absoluto sucesso, mas sempre a aguardar o momento glorioso de retornar para casa.

No final de maio, em Lisboa, e princípio de junho, em Madri, milhares de jovens de espírito,sem importar a idade, chegaram de todas as partes do planeta para um encontro inesquecível com o Rock in Rio – um festival concebido e produzido a partir de uma filosofia que pode ser resumida em três palavras: convergência, convivência e permanência.


O PÚBLICO TRATADO COMO “SUPERSTAR”
O prestígio internacional do Rock in Rio resulta, igualmente, de um modelo de atendimento ao público único no mundo. A organização do evento trata os frequentadores com a mesma sensibilidade e respeito que dedica às celebridades contratadas. Some-se a isso um sadio ambiente de negócios para as marcas associadas, empenhadas em vender produtos de qualidade a preços justos, e a total consideração à comunidade das cidades-sede, através de cuidados com o trânsito e com a normalidade da vida quotidiana, assegurados em parceria com as autoridades locais e a imprensa.

RESPONSABILIDADE SOCIAL, A OUTRA FACE DO ROCK IN RIO
As nove edições já realizadas no Rio, Lisboa e Madri somaram mais de 5 milhões de espectadores, 656 artistas de todas as correntes e mais de 1 bilhão de telespectadores em 80 países. Um sucesso de tamanha grandeza impõe responsabilidades e exige dos organizadores retribuições que ajudem a melhorar de alguma forma este planeta de todos nós.

O festival desenvolve ações com foco social e ambiental. Em 2001, abriu 70 salas de aula no Rio de Janeiro, onde 3.200 jovens completaram o ensino fundamental. Em Portugal, diversas instituições foram apoiadas e foi desenvolvido um projeto de produção de energia solar através da instalação de painéis fotovoltaicos em escolas, mobilizando milhares de jovens.
Em Madri, 100% das emissões de CO2 do festival foram compensadas.
É um orgulho constatar que esta marca que emociona, mobiliza e leva o Rio no nome é hoje o maior evento de música e entretenimento da Europa. É um orgulho ainda maior poder afirmar que, há 10 anos longe de casa, o sonho está de volta.


Roberto Medina
Presidente do Rock in Rio