A Ciclotimia é mais comum do que pensamos



O transtorno bipolar do humor era antes conhecido por psicose maníaco-depressiva. O nome foi alterado porque nem sempre os sintomas psicóticos estão presentes. Pode também ser chamada de doença afetivo bipolar.


Este transtorno é caracterizado pela alternância de quadros depressivos e eufóricos. Durante a fase depressiva, a pessoa não sente vontade de trabalhar, se relacionar com os outros e até mesmo de realizar atividades do dia-a-dia, como comer e tomar banho, ansiedade e tristeza. Já nos quadros de euforia, ou mania, são comuns os gastos excessivos, insônia, vontade de conversar, agitação, alegria, irritabilidade, hiperatividade, exposição a riscos, aumento do interesse sexual e raiva. Cada uma dessas fases pode durar semanas, meses ou anos.


A doença pode se apresentar de outras formas além do quadro clássico descrito acima: na hipomania, a euforia e humor expansivo não causam prejuízos na vida da pessoa; nos episódios mistos, os quadros de depressão e mania se alternam em poucas horas; na ciclotimia (ou transtorno ciclotímico), as alterações crônicas e numerosas de humor confundem a doença com personalidade instável.


As causas do transtorno bipolar não são conhecidas. Sabe-se porém, que é influenciada por diversos fatores: biológicos (neurotransmissores cerebrais), sociais, psicológicos e genéticos (tendência familiar). Acomete homens e mulheres na mesma proporção. Em geral, os sintomas iniciam entre 15 e 25 anos, podendo iniciar também entre 45 e 50 anos em mulheres. Crianças também podem apresentar o distúrbio.


O diagnóstico e o tratamento devem ser feitos por médicos psiquiatras. O diagnóstico é essencialmente clínico, sem o auxílio de exames. O tratamento é feito com medicamentos estabilizadores do humor, anticonvulsivantes e neurolépticos. O mais utilizado é o carbonato de lítio. Em alguns casos, o tratamento é acompanhado também por psicólogos e terapeutas ocupacionais.