A borboleta é considerada um símbolo de ligeireza e de
inconstância, de transformação e de um novo começo. A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de
renascimento.
No Japão a borboleta é um emblema da mulher, por ser
graciosa e ligeira. A felicidade matrimonial é representada por duas borboletas
(masculino e feminino). Essas imagens são muitas vezes utilizadas em
casamentos. Também são vistas como espíritos viajantes que anunciam a morte de
uma pessoa próxima quando aparecem. A metamorfose das borboletas é simbolizada
como: a crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser; a borboleta que
sai dele é um símbolo de ressurreição. Também pode ser vista como a saída do
túmulo.
O termo grego psyche
tinha dois significados originalmente. Um deles era alma e o outro borboleta,
que simbolizava o espírito imortal. Na mitologia grega, a personificação da
alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças
gregas populares, quando alguém morria, o espírito saia do corpo com uma forma
de borboleta.
No mito do imortal jardineiro (Yuan-ko), sua bela esposa
ensina o segredo dos bichos-da-seda, sendo ela própria, talvez, um
bicho-da-seda.
No mundo sino-vietnamita a borboleta serve para exprimir um
voto de longevidade ou é associada ao crisântemo pra simbolizar o outono.
Um conto irlandês chamado Corte de Etain simboliza a
borboleta como a alma liberta de seu invólucro carnal, como na simbologia
cristã. No conto o deus Miter se casa pela segunda vez com uma deusa chamada
Etain, e por ciúmes, sua primeira esposa, transforma-a em uma poça de água.
Após algum tempo, a poça dá vida a uma lagarta que se transforma em uma linda
borboleta. Mider e Engus (filho de Dagda) recolhem a lagarta e a protegem.
"E essa lagarta se torna em seguida uma borboleta púrpura.(...) era a mais
bela que já ouve no mundo. O som de sua voz e o bater de suas asas eram mais
doces que as gaitas de foles, as harpas e os cornos. Seus olhos brilhavam como
pedras preciosas na obscuridade. Seu odor e seu perfume faziam passar a fome e
a sede a quem quer que estivesse cerca dela. As gotículas que ela lançava de
suas asas curavam todo o mal, toda doença e toda peste na casa daquele de quem
ela se aproximava. O simbolismo é o da borboleta, o da alma liberta de seu
invólucro carnal, como na simbologia cristã, e transformada em benfeitora e
bem-aventurada."
Os astecas consideram a borboleta como um símbolo da alma,
ou o sopro vital que escapa da boca de quem está morrendo.
Os Balubas no Zaire central também simbolizam a borboleta
como a alma. Eles dizem que o homem segue o ciclo da borboleta desde sua
nascença até sua morte. O homem na infância é comparado a uma pequena lagarta e
na maturidade, uma grande lagarta. Conforme vai envelhecendo, ele vai se
transformando em uma crisálida. O seu túmulo seria associado ao casulo, de onde
a alma sairá sob a forma de uma borboleta.
Os iranianos acreditam que os defuntos podem aparecer sobre
a forma de uma mariposa.
Para os mexicanos, os guerreiros mortos acompanham o Sol na
primeira metade do seu curto visível, até o meio-dia. Depois os guerreiros
descem a terra sob a forma de borboletas ou colibris. Essa associação se deve
ao fato da analogia da borboleta com a chama. O deus do fogo asteca
(HUEHUETEOTL) levava como emblema um peitoral chamado borboleta de obsidiana.
Também é o símbolo do sol negro, pois atravessa o mundo subterrâneo durante seu
curso. É o fogo oculto, ligado à noção de sacrifício, morte e ressurreição.
Por: Srta Borboleta
Por: Srta Borboleta